Ficar tanto tempo sem escrever por aqui não foi algo planejado, eu precisei conhecer coisas novas e novos desafios fizeram me afastar, acabou por eu nem ter disposição nem criatividade para escrever nada, muitas vezes eu tentei, porém simplesmente as ideias não saiam e aquele tesão para escrever não surgia.
Acho que já falei por aqui a importância desse blog pra mim, talvez até umas 3 vezes, alguma vezes eu me sentia péssimo em ver tudo abandonado e eu sem tempo e nem organização para tocar tudo,
então ficam aqui as desculpas, fico feliz de saber que tem gente que acompanha e ter a quem me desculpar pela ausência, e antes que eu esqueça, agradeço o apoio dos que me procuraram nesses últimos meses.
É bem irônico que com o blog esteja chegando a quase 2 milhões de acessos eu voltar, ainda mais engraçado era que o blog já estava parando, diferente das outras vezes que sumi, as coisas começaram a ficar fracas, o número de acessos foi diminuindo, mas depois que voltei para escrever esse texto que montei por alguns dias nas horas vagas parece que tudo voltou ao normal. Algumas vezes penso que o blog tem vontade própria.
Infelizmente muita coisa ficou para trás, os comentários se acumularam e muita gente ficou sem resposta, ficou quase impossível responder tudo e sempre ia acumulando, então se você comentou algo a partir de abril (e não foi besteira), provavelmente eu já respondi, caso contrário pode perguntar de novo.
Mas vamos aos fatos e ocorridos
Eu não lembro bem quando tive contato com a Umbanda, mas o episódio que eu vou relatar faz uns 2 anos, meu amigo que confio me falou que estava incorporando e eu pedi para acompanhar, apenas como curioso que sou. Não lembro se eu esperava muito, mas eu já tinha conhecido pessoas que incorporavam entidades da Umbanda e na maioria das vezes só recebi recados enigmáticos, promessas de coisas que nunca ocorreram, ficava escutando a entidade contando o quanto ela era foda, avisos que eu tinha obsessores de estimação que possivelmente eu nunca tive e claro, o clássico: "
Você é muito novo para saber", o que acabou por despertar meu desinteresse por tudo isso, sempre dizendo que eu tinha sorte de não fazer parte desses seletos seres especiais que possuíam mediunidade, coisa que a maioria dizia que eu tinha.
Como eu disse, eu não lembro, mas acho que estava muito desacreditado nessa conversa de Umbanda e Guias, porém como ocultista eu não queria perder a oportunidade de presenciar o evento. Mas o dia me surpreendeu, mesa simples preparada, uma garrafa de sidra, cachaça e pouca gente, acho que 3 caras além do médium, umas velas pra anjo da guarda, (fui instruído a acender a minha também) e cigarrilhas pra entidade e eu lá observando. Tudo ocorreu na casa do médium, um apartamento.
A entidade chegou, o médium que incorporou não fez nenhum dos gestos exagerados que normalmente os outros médiuns fazem enquanto incorporam, e era a
Cigana Sete Saias, uma entidade da linha cigana e mentora do médium, eu devia estar esperando alguma gritaria e coisa do tipo mas foi ao contrário, apenas no começo ela me olhou e deu uma leve gargalhada que me fez arrepiar, eu esperava que eu passasse despercebido, pois quando me convidei para assistir a ideia era eu ficar calado e só assistir, e depois anotar o que me fosse interessante em um dos meus cadernos onde eu escrevo tudo e nunca mais leio.
Ela me perguntou se eu já sabia quem era ela, eu confirmei o nome dela e ela brincando disse que eu estava sabendo bastante, depois de uns minutos falou que eu estava "cheio de perguntas na cabeça".
A entidade me mostrou um bracelete que havia sido presente do médium, me dizendo que era bonito e eu concordei, ela colocou o bracelete num copo com um pouco de cidra, e assoprou fumaça no copo, a fumaça ficou parada um tempo dentro do copo. Ela explicou, mas eu já sabia que era a energia dela imantada na peça, geralmente se dá o nome de
aparamento, não é um enfeite ou fantasia, é um objeto cruzado com a energia da entidade para facilitar a incorporação, ou como ela mesma disse: "Facilitava a chegada nela no plano material."
Vale também analisar um pouco a diferença do médium depois da incorporação, a voz mudou, os gestos também, ao pegar uma coisa, segurar a taça os gestos eram delicados, porém, não eram forçados a parecer delicados, os olhos ficavam abertos diferente de algumas vezes que vi em outros locais, a voz era semelhante a de uma senhora.
Chega uma hora de fazer perguntas e eu obviamente fiz algumas perguntas sobre ocultismo, nenhuma resposta foi evasiva, falamos sobre banimentos especialmente sobre o RmP,
visualização, projeção astral e outras dezenas de coisas que hoje não lembro por não ter anotado.
Mais tarde nessa época eu também perguntei sobre fechar esse blog, foi uma época que estava meio desanimado, e perguntei a opinião dela sobre isso e sobre a utilidade dele para as pessoas, ela me disse que era um trabalho positivo, e que era importante eu continuar.
Também foi me explicado que a linha das Ciganas 7 Saias trabalham com o emocional, tanto no microcosmo como no macrocosmo, ou seja, as entidades dessa linha trabalhavam tanto com pessoas, como grandes massas coletivas.
Mais tarde outras entidades se manifestaram. Diferente dos outros contatos que eu tive, lá as entidades me responderam questões complexas que eu perguntei sobre ocultismo e coisas que eu não tinha mais a quem perguntar, no final por ironia eu achei o lugar que eu procurei por anos e que já havia desistido de encontrar, com o tempo as minhas perguntas foram deixando de ser em relação ao imaterial mas sobre eu mesmo.
Eu queria contar a história toda, que até já digitei, mas prefiro resumir: Mais tarde eu fui convidado a trabalhar e participar do desenvolvimento mediúnico. Como nada é um mar de rosas, muitas dificuldades apareceram, como por exemplo a distância e claro eu mesmo. Então começou uma nova jornada, diferente de alguns ocultistas, eu nunca dei bola pra Umbanda, afinal, eu nunca incorporei, nem iria incorporar, qual o motivo de estudar isso? Eu achava também que os espíritos da Umbanda eram da forma negativa e estereotipada que muitas vezes vi, nunca havia me passado pela mente que o médium pode interferir apenas por achar que a entidade deve ser de tal modo e também nunca havia pensado que em alguns locais se podia conversar abertamente e com questões complexas, isso tudo sem deixar de ser Umbanda e sem parecer ou virar Espiritismo.
Passado algum tempo eu incorporei, não sei ainda se o relato pode ser aproveitado aqui e se vale a pena publicado, pois não daria muitas linhas. Atualmente sou médium em desenvolvimento e acredito que estou indo bem. Já pra deixar claro eu incorporo mesmo, acredito que fico bem colocado em Médium Semi-Consciente, no momento que ocorre eu fico consciente do que a entidade fala, porém, depois esqueço fácil o que foi dito por ela e perco muito a noção de tempo. Não sei o motivo, mas não me sinto a vontade de falar o nome das entidades que incorporo até agora.
Então resumindo e voltando ao início do texto, esse também foi um dos motivos do meu sumiço daqui, meu foco estava todo em uma coisa e por mais que eu tentasse não conseguia escrever nada por aqui, claro que outras coisas mundanas e obrigações pesaram muito também.
Então eu não sei como vão ser as coisas daqui para frente, eu espero que eu consiga voltar aos artigos semanais, muita coisa depende só de ritmo e vou me esforçar para conseguir manter,
Agradeço a todos novamente!
Abraços!